A Família que Teme ao SENHOR

Publicado em: 26 de setembro de 2021

Categorias: Destaques, Devocionais

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Leia o Salmos 128.1-6

Os salmos de romagem são conhecidos como “cânticos dos degraus”, “cânticos das escadas” ou “cânticos das subidas. Isto porque eles retratam a imagem dos peregrinos que subiam até Jerusalém para participar das três festas mais importantes de Israel. A Festa do Tabernáculo,  a Festa da Páscoa e a Festa do Pentecostes. Estes salmos retratam alegria, celebração, saudade, medo, angústia, incerteza, confiança, dúvida e perseguição.

De certa forma, os cânticos de romagem são o retrato de nossa jornada até a Jerusalém Celestial. Dos 15 cânticos de romagens, dois são dedicados à família, o salmo 127 e o 128. Acredita-se que os salmos 127 e 128 seriam um bloco só de salmos. O salmo 128, retrata a figura de uma família abençoada pelo SENHOR. A lição apresentada no Salmo 128 é que a família que teme a Deus é abençoada (Sl 128.1-2;4). 

Neste salmo temos um casal que desejava temer a Deus e desejava ter um lar que fosse direcionado por Ele. Temer a Deus não é ter medo de Deus, mas sim, o desejo profundo de respeitá-lo e fazer Sua vontade. O salmo 128 apresenta a imagem do homem que é sacerdote dentro do lar. Que cumpre o papel de líder segundo Cristo. Paulo trabalha esta ideia em Efésios 5.23. Lá lemos: “Porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja e a si mesmo se entregou por ela.”  

Paulo quando fala que o marido é o cabeça da mulher, usa a figura de um líder de uma tropa militar, de alguém que não se omite, que pensa as estratégias e busca levar sua família a andar com Deus.  A mulher que tem um marido assim, não terá nenhum problema em respeitá-lo e amá-lo. Na Bíblia há vários exemplos de homens que decidiram levar uma vida séria com Deus e por isso, tiveram famílias abençoadas. Isto não quer dizer que não enfrentaram provas, mas quando uma família é alicerçada em Deus, ela enfrentará as tempestades da vida com a certeza e a confiança de que dias melhores chegarão.

O patriarca Jó foi um homem que temeu a Deus e honrou sua família. Ele cumpriu fielmente o papel de sacerdote dentro do lar. Jó promoveu a comunhão entre os filhos (Jó 1.4) e promoveu a santificação dos filhos (Jó 1.5). Jó tinha muitos afazeres, era o maior de todos os do Oriente (Jó 1.3), mas amava sua família e tinha tempo para ela. Ele levantava de madrugada para oferecer sacrifícios pelos filhos, pois talvez tivessem pecado (Jó 1.5). Jó nos ensina que quem ama cuida, quem ama acha tempo.

Outro exemplo de pai que foi um grande sacerdote dentro do lar e cuidou com esmero de sua família foi José. A Bíblia nos fala que onde José colocava as mãos Deus prosperava (Gn 39.3). José não cedeu aos encantos da mulher de Potifar e resistiu bravamente ao pecado de adultério (Gn 39.1-23). Ele esperou o tempo de Deus para a sua vida conjugal. A fidelidade de José trouxe honra a ele. Deus fez com que ele se tornasse governador do Egito, e Faraó deu o nome a ele de Zafenate-Paneia que significa “o sustentador da vida” (Gn 41.45).

José casou-se com Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om (Gn 41.45) e teve dois filhos que representam bem o temor de José por Deus e seu coração perdoador. Ao primeiro filho José chamou de Manassés (Gn 41.51), que significa “aquele que se esquece”.  Ou seja, José por temer a Deus, resolveu perdoar as ofensas, o ódio e as dores que seus irmãos provocaram em sua pessoa (Gn 37.1-2 e 45.1-7). Ao segundo filho, José chamou de Efraim (Gn 41.52) que significa “frutífero” ou “duplamente próspero”.

José nos ensina que para ser frutífero é necessário esquecer as dores do passado e seguir adiante. Que possamos tomar a firme decisão de temer a Deus para que sejamos frutíferos aonde Deus nos colocar.