Dependendo de Deus

Publicado em: 11 de setembro de 2021

Categorias: Destaques, Devocionais

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Texto: Salmo 127.1-5

O salmo 127 foi escrito pelo rei Salomão e pode ser dividido em duas partes: 1) Deus dirigindo a vida humana (vv.1-2); 2) As bênçãos de Deus sobre a família que tem um número considerável de filhos (vv.3-5). Este lindo salmo de romagem era entoado pelos peregrinos que subiam até Jerusalém para adorar a Deus em pelo menos uma das três mais importantes festas de Israel: Tabernáculo, Pentecostes e Páscoa.

Neste texto trabalharei os dois primeiros versículos do salmo, depois trabalharei os últimos. O  rei Salomão mostra no salmo que Deus é quem deve estar à frente de nossos sonhos e projetos (v.1). Primeiramente, o salmo se refere à construção do templo. Foi Deus que proveu tudo o que era necessário para a construção do templo, cabendo a Salomão apenas fazer parte do processo (I Rs 5.8; I Cr 28.11).

Posteriormente, o Salmo 127 foi utilizado para a construção de qualquer casa, mais especificamente para tratar do regresso do povo hebreu do cativeiro babilônico. A população que regressou do cativeiro teria muito trabalho, o povo precisava construir casas, construir muros, edificar o templo e reparar edifícios (veja os livros de Neemias e Esdras), daí, a necessidade de Deus estar à frente desta grande obra. O que o salmista quer nos mostrar é que se Deus não estiver à frente de nossos projetos, este não será abençoado.

É conhecido o episódio da Torre de Babel (Gn 11.1-9). Nele, vemos que o povo que habitou em Sinear (Gn 11.2), planejou a construção de uma cidade e uma torre, cujo topo chegasse até os céus (Gn 11.4a). O objetivo de tal projeto não era engrandecer o nome de Deus, mas tornar o nome dos construtores da torre célebre (Gn 11.4b). O projeto da Torre de Babel tornou-se sinônimo de confusão, vergonha e fracasso. Deus desceu para verificar o projeto (Gn 11.5) e confundiu os construtores da Torre da Babel. O povo que possuía apenas uma linguagem, agora não se entendia, pois Deus fez com que cada uma falasse em uma linguagem diferente, acabando por dispersar os construtores da Torre de Babel (Gn 11.7-9).

Eclesiastes 2.26 diz que Deus dá trabalho tanto ao sábio quanto ao pecador. O sábio prospera,  já o pecador trabalha para ajuntar e amontoar para aquele que agrada a Deus. É importante frisar que o salmo não está incentivando a preguiça (Sl 127.2). Deus é o sustentador da vida, mas quer que trabalhemos. O trabalho é bênção de Deus. Numa economia predominantemente agrária, havia trabalhadores que levantavam de madrugada e dormiam tarde, esquecendo-se de descansar em Deus e pedir direção a Ele.

Para Salomão isso era inútil (Sl 127.2), pois é Deus que nos guarda, nos protege e nos sustenta. Guardemos as palavras de Moisés: “Não digas, pois, no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me adquiriram estas riquezas. Antes, te lembrarás do Senhor, teu Deus, porque é Ele o que te dá força para adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob juramento, prometeu a teus pais, como hoje se vê.” (Dt 8.17-18).