Andar pelas ruas de Ribeirão Preto está cada vez mais complicado. Em cada semáforo ou esquina somos abordados por moradores de rua pedindo alguns trocados. Alguns ficam com uma placa onde se lê: “Me ajude. Tenho fome!” . Outros ficam com uma flanela se oferecendo para limpar os vidros dos carros. É impressionante o crescimento de moradores de rua na cidade. Segundo o Jornal de Ribeirão Preto “A Cidade”, em 2013 havia um pouco mais de 414 moradores de rua na cidade. Em 2018, Ribeirão Preto conta com mais de 3.405 moradores de rua sendo que 2.861 são de outras cidades. Um crescimento de 722%. 391 são mulheres e 3014 são homens.
Ou seja, a maioria esmagadora é composta por homens. 90% dos que estão nas ruas são por problemas com drogas e álcool. 5% por problemas mentais. Apenas uma pequena porcentagem não têm problemas com vícios. A situação mais crítica é encontrada nas proximidades da rodoviária. Lutar contra a miséria humana e a pobreza não é tarefa fácil. Jesus afirmou que os pobres sempre estariam conosco (Jo 12.8). Espera-se que a secretária da habitação de Ribeirão Preto, Secretária Municipal de Assistência Social, CETREM, Guarda Municipal e ONGs possam ser mais efetivos nesta luta inglória.
Espera-se que nossas leis sejam mais rígidas no combate ao tráfico de drogas. Há muitos moradores de outras cidades que vem a Ribeirão Preto com a ilusão de conseguir trabalho, porém, sem perspectivas, acabam sendo ceifados pelo tráfico e acabam por morar nas ruas. Não é salutar nos semáforos da cidade oferecer dinheiro àqueles que o pedem. Se quiser ajudar, contribua com alimentos, mas não dê o alimento embalado, pois muitos destes alimentos acabam sendo trocados por drogas. Sabemos que a maioria irá usar o dinheiro para perpetuar o vício. Infelizmente, muitos dos que estão nas ruas não aceitam ajuda, seja pela prefeitura, seja para internação.
A Igreja Presbiteriana Bela Jerusalém juntamente com alguns irmãos, têm feito sua parte. Às quartas-feiras temos a “Casa de Banho”, onde além do banho, alimentos e roupas são distribuídos aos moradores de rua e o mais importante: oração e ensino da Palavra de Deus a eles. Às sextas-feiras há cultos e distribuição de alimentos voltado aos moradores de rua. Este trabalho é realizado por algumas Igrejas Presbiterianas. Há cidades com políticas mais efetivas para este problema em nossa pátria. Seria ótimo se os governantes de Ribeirão Preto buscassem seguir estes exemplos. Oremos por Ribeirão Preto e o Brasil.