A visão dos 144 mil

Publicado em: 13 de novembro de 2021

Categorias: Destaques, Estudos de Quinta Feira

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Estude o Texto de: Apocalipse 7.1-17

O livro do Apocalipse é cheio de simbolismo.  Nele, vários números são usados. No capítulo 6, são quatro seres viventes e quatro cavalos que trazem juízo. No capítulo 7, quatro anjos e quatro ventos que estão prontos a começar a missão da destruição. Este juízo de Deus será universal, porém, aqueles que forem fieis a Cristo, serão selados com o selo de proteção e propriedade (Ez 9.4; Ap 9.1; 14.1).

Esta mensagem quer nos indicar que a igreja é indestrutível e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16.18). Ap 7.3 faz oposição a Ap 13.16-18 que afirma que aqueles que forem fieis a satanás serão selados com a marca da besta (anticristo). A promessa na passagem é que Deus não enviaria a destruição antes que Seus servos fossem selados (7.3). 

Segundo o rev. Hernandes Dias Lopes, citando o comentário de WilliamHendriksen, o selo tem três significados:

  • Proteção – ninguém pode violar o que está selado (cf. Mt 27.66);
  • Propriedade – na antiguidade os escravos eram marcados por seu proprietário. A marca do dono era inscrita neles. Quem violava este escravo atacava o seu dono. O selo nos dá a garantia de que somos propriedades de Deus (Ct 8.6; Ef 1.13; I Pe 2.9);
  • Autenticidade – o que está selado não pode ser adulterado (Et 3.12). A igreja será arrebatada no meio de grande tribulação (Mt 24.29-31; II Ts 1.1-10). 

Há três promessas no capítulo 7:

  • A igreja enfrentaria grande tribulação (7.14);
  • Segurança para os selados por Deus (7.3);
  • A recompensa de desfrutar da bem-aventurança eterna (7.9).

Apocalipse 7.4 fala do número dos que foram selados ou seja, 144.000. Sobre os 144.000 há algumas visões divergentes.

A curiosa interpretação das Testemunhas de Jeová. Este grupo herético entende que a igreja que irá morar no céu se limita apenas aos 144.000. Esta igreja no céu seria a parte principal do corpo governante das Testemunhas de Jeová. Estes governarão os restantes que ficarem aqui na terra. Para eles a porta dos céus se fechou em 1935, o que não encontramos nem uma base bíblica para tais interpretações.

A interpretação dispensacionalista. Esta corrente de interpretação entende que 144.000 judeus selados foram separados para pregarem o evangelho em todo o mundo sendo protegidos sobrenaturalmente por Deus. Hernandes Dias Lopes em seu comentário sobre Apocalipse diz que os dispensacionalistas entendem que 144.000 serão judeus que se converterão depois do arrebatamento e antes do milênio e que viverão na Palestina no período da grande tribulação e serão poupados dos juízos que virão sobre o anticristo. Esses judeus aguardarão Jesus Cristo, o seu Rei, em Sua segunda vinda, quando destruirá o anticristo e implantará o Seu reino milenar.

A interpretação pré-milenista histórica e amilenista. Ambas as interpretações sustentam que 144.000 é simbólico. Este número seria uma metáfora dos eleitos de Deus. A corrente mais aceita pelos protestantes presbiterianos é o amilenismo. Para os amilenistas tanto o número 144.000 como o 1000 (Ap 20.1-3) são simbólicos.

Restringir o céu ao número de 144.000 eleitos como dizem as Testemunhas de Jeová vai contra a própria passagem de Apocalipse 7 que afirma que os glorificados de todas a nações, tribos, povos e línguas que estavam em pé diante do Cordeiro não podiam ser enumeradas (7.9).

O céu será um local maravilhoso, um local onde habitarão na presença do Eterno uma igreja vencedora, pura (7.9), livre de tribulações (7.14), serva de Deus (7.15) e livre de tristezas (7.17; cf Ap 21.4).

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