Nossa cultura ocidental vive a era do consumismo, e do verbo “ter”. Quando olhamos, para o hebraico antigo (idioma do Antigo Testamento Bíblico) percebemos que não há o verbo “ter”. Ao invés disso, o hebraico traz uma ideia de existência das coisas. Ex.: Uma tradução literal para o texto “tenho um boi” seria “Existe um boi para mim”. Desta forma as pessoas trabalham melhor o conceito de mordomia (nada do que tenho é meu, porém, Deus colocou na minha responsabilidade para que me sirva e principalmente sirva ao Reino).
Deus não é contra a propriedade privada, pois nos deu leis sobre roubar, cobiçar o que é do próximo. Ele quer que aprendamos que mesmo propriedades, bens, e até mesmo o tempo que são colocados na nossa responsabilidade continuam sendo dele e necessitam ser usados em favor de seu Reino. Jesus ensinou quando isso aos discípulos, observando uma viúva pobre ofertando na sinagoga. E ainda hoje podemos aprender pelo menos três lições preciosas com esse exemplo:
Jesus observa nossa vida de adoração – Ele nos enxerga não apenas superficialmente, e sabe quando não cantamos de coração, quando não prestamos atenção na sua Palavra, quando não damos o dízimo e não separamos ofertas e quando não damos bom testemunho fora da Igreja.
Jesus não se preocupa com quantidade mas espera proporcionalidade – Tendemos a falar que o que damos já é muito, pois muitas pessoas dão menos que nós. Os ricos dizimavam grandes quantias, porém, do que sobrava. Deus não quer sobras, ainda que isso pareça bastante.. A viúva pobre não ligava de ficar sem nada, pois sabia que Deus a sustentaria.
O que é desprezível aos olhos humanos é grandioso aos olhos de Jesus – Como as duas moedinhas da viúva pobre poderiam ajudar? Como 5 pães e 2 peixes alimentariam uma multidão? A matemática de Deus é diferente da nossa. Talvez, hoje, você ache que possuí muito pouco, e por isso não se anima em contribuir para o Reino, mas lembre-se, o pouco com Deus é muito.