Vamos à Casa do Senhor

Publicado em: 17 de julho de 2021

Categorias: Destaques, Devocionais

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Texto Base: Salmo 122.1-9

Os salmos de romagem são chamados também de cântico das subidas, cântico dos degraus ou cântico das escadas. Os romeiros ou peregrinos cantavam estes salmos (120-134) durante a peregrinação até Jerusalém para as três festas principais: Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos. Deus determinou um único local de adoração (Dt 12.11-12) em oposição aos cultos idólatras que eram praticados em vários lugares. Havia deuses da terra, dos montes, dos mares, etc.

O local escolhido por Deus para adoração foi Jerusalém, tema central deste salmo (vv.2,3 e 6). Jerusalém era a antiga Jebus, cidade dos Jebuseus. Jerusalém ficou conhecida como “cidade de Davi” (II Sm 5.6-10). Jerusalém foi edificada no Monte Sião ou Monte Moriá (I Crônicas 21 e 22). Era lá que ficava o tabernáculo e posteriormente o templo construído por Salomão. O salmo é um convite a quem morava fora de Jerusalém a adorar ao Senhor. O salmista expressa profunda alegria de poder visitar a casa do Senhor (tabernáculo).

O contexto do salmo mostra uma profunda alegria de pessoas que esperavam ansiosas a oportunidade de visitar Jerusalém porque tinham dificuldades imensas de participar da adoração naquela localidade. Isto porque para alguns a viagem era rara em decorrência de limitações físicas e financeiras. Por isso, a oportunidade de ir ao templo adorar a Deus e rever os irmãos na fé era um regozijo.

Quando os peregrinos chegavam em Jerusalém (v.2) eles adoravam, sacrificavam, dizimavam, cantavam e faziam festas! Próximo ao tabernáculo havia o átrio onde os judeus se reuniam para fazer um belo banquete. Admirado com o progresso de Jerusalém (v.2), o salmista ora para que Deus derramasse paz e prosperidade sobre Jerusalém e sobre todos aqueles que a amavam (vv.5-9). Com a vinda de Cristo, não existe mais um único local de adoração.

O tabernáculo aponta para Cristo. A igreja somos nós. Somos santuários de Deus (I Co 3.16) e Cristo é o cabeça da igreja (Ef 2.20-22; 5.23). O tabernáculo ou o templo de Salomão, sábados, festas de lua nova, entre outros ritos judaicos, são sombra das coisas que haviam de vir (Cl 2.16-17). Este salmo é um texto de encorajamento a não deixarmos de congregar. Ao contrário dos peregrinos, podemos nos reunir semanalmente (uma, duas ou mais vezes) e muitas vezes tratamos a adoração e comunhão com os irmãos com frieza e desdém. Que Deus nos ajude a reacender a chama da adoração e comunhão.

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