A vida em família requer uma parceria e cumplicidade entre pai e mãe, marido e esposa, homem e mulher. Por outro lado, não seria exagero dizer que essa parceria está pendendo mais para o lado feminino que o masculino. Acabamos deixando as coisas cotidianas da casa e família por conta da mãe, e o pai cuida das coisas relacionadas à manutenção da casa, mesmo quando a esposa trabalha fora.
É preciso fortalecer a parceria na condução das tarefas da vida em família. Precisamos ver e ouvir o posicionamento do pai com relação aos estudos dos filhos, seu crescimento espiritual, amizades, namoro etc. Com quase trinta anos de casamento, concluo que eu e minha esposa pensamos diferente em muitos aspectos, a percepção e a reação são diferentes em alguns casos, e isso é saudável. Contudo, temos uma linha mestra no governo da casa, e é no diálogo em família que percebemos de primeira mão que existe o certo, o errado, o diferente, o melhor, o pior e o indiferente.
Nós pais temos um chamado especial para transmitir a nossa fé aos nossos filhos. Seguindo o que está escrito no livro de Deuteronômio (6.7; 11.19), esse chamado exige presença e participação, pois é posto em prática assentado em casa e andando pelo caminho (da escola, do shopping, do passeio, da viagem), à noite e pela manhã.
Passamos grande parte da vida profissional bajulando pessoas que pouco se importam conosco, talvez por isso mesmo as bajulemos, e gastando nosso precioso tempo com elas, contudo acabamos não reservando tempo para nossos filhos. Rever prioridades, estar atento às demandas de nossa casa, é o segredo para termos tempo juntos e de qualidade. Conseguimos isso com a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a capacitação do Espírito Santo.
Ó Deus, faze-me um pai mais presente e constante no cotidiano da minha família.
Texto de Marcelo Barreto – Originalmente Publicado em Refeições Diárias – Celebrando a Reconciliação. Editora Ultimato.