O Teste Prolongado de Deus

Publicado em: 3 de abril de 2017

Categorias: Devocionais

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Fardo

Salmo 13.1-6

1 Até quando, SENHOR?
Esquecer-te-ás de mim para sempre?
Até quando ocultarás de mim o rosto?
2 Até quando estarei eu relutando dentro de minha alma,
com tristeza no coração cada dia?
Até quando se erguerá contra mim o meu inimigo?
3 Atenta para mim, responde-me, SENHOR, Deus meu!
Ilumina-me os olhos, para que eu não durma o sono da morte;
4 para que não diga o meu inimigo: Prevaleci contra ele;
e não se regozijem os meus adversários, vindo eu a vacilar.
5 No tocante a mim, confio na tua graça;
regozije-se o meu coração na tua salvação.
6 Cantarei ao SENHOR,
porquanto me tem feito muito bem.

Há expressões que indicam situações de dúvidas e incertezas. Por exemplo, “estou num mato sem cachorro” ou “estou entre a cruz e a espada”. Tais expressões indicam que a pessoa está sem rumo, perdida, sem saber o que fazer. Este era o sentimento de Davi conforme o texto base de hoje. Ele estava sendo perseguido pelo rei Saul. Deus lhe prometera o trono, mas a impressão que ele tinha era de que mais perto estava para ele a morte do que o trono (I Sm 20.3). Diante das lutas Davi ora a Deus e demonstra suas dúvidas, aflições e incertezas. Vejamos o que Davi pede em meio às provações.

1º) EM MEIO À PROVAÇÃO DAVI QUESTIONA O SILÊNCIO DE DEUS (V. 1-2)

                No salmo 13.1-2, Davi pergunta quatro vezes “até quando?”. Não é fácil passar por provações, principalmente quando nos parecem que estas provas são prolongadas. Davi queria a justiça de Deus em decorrência da perseguição do rei Saul e assim como Davi, você também talvez esteja pedindo uma resposta a Deus e perguntas surgem em seu coração: “Até quando vou continuar desempregado?”, “Até quando permanecerei solteiro ou solteira?”, “Até quando vamos viver em atrito como casal?”, “Até quando meu filho será um dependente de drogas?”, “Até quando serei um alcoólatra?” “Até quando vou morar neste barraco?” “Até quando vou continuar endividado?”, “Até quando haverá injustiça, violência, fome e guerra?”, “Até quando minha esposa estará em coma?”, “Até quando meus familiares viverão longe de Deus?”.

O certo é que não sabemos as respostas para tais questionamentos. Há provas que demoram mais, outras são mais rápidas. A única certeza que temos é que por mais que achemos que Deus Se esqueceu de nós, Ele vê nossa aflição (Êx. 3.7) e não Se esquece de nós ( Is 49.15).

2º) EM MEIO À PROVAÇÃO DAVI PEDE QUE DEUS ILUMINE OS SEUS OLHOS (V.3-4)

Além das perseguições de Saul, a preocupação de Davi também era com a reputação de Deus. O que diriam as pessoas que não temiam a Deus ao verem um homem pie-doso e crente, passando por tantas provas? Valeria a pena a crer num Deus que dizem ser bom e que mesmo assim, permite que Seus filhos sofram? Foi exatamente este drama que viveu o regente e músico Asafe (Sl. 73) ao ver que os ímpios pareciam prosperar e ele, que amava a Deus, passava por tantas lutas. Quando as coisas vão de mal a pior, nossa tendência muitas vezes e enfraquecer na fé, abandonar a leitura da Palavra, da prática da oração e até a igreja. Não podemos nos esquecer, porém, que homens e mulheres de grande fé como Elias, Ana, Jó e Moisés passaram por dúvidas e incertezas. Lembre-se que a fé em Deus não garante imunidade contras as provações. Está passando por crise na fé? Se “sente num mato sem cachorro?” Cansado (a) de tantas lutas?

Ore a Deus pedindo que Ele mostre um sinal de Seu favor (Sl 86.17) e espere Nele, pois você ainda O louvará (Sl 13.5-6 e Sl 42.11). Não esqueça que a fé muitas vezes brilha mais quando a vida parece escura. Que Deus ajude a você.