Fome e Sede de Justiça

Publicado em: 19 de março de 2023

Categorias: Destaques, Devocionais

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Na quarta bem-aventurança (Mt 5.6), fala a respeito de sede e apetite. A palavra grega para fome é “Peinao” que significa literalmente estar necessitado, ter fome profunda e sede de justiça na passagem não está relacionada aos manifestos de justiça que ocorrem constantemente, seja em passeatas, comícios políticos, decisões injustas em tribunais ou mesmo quando nos achamos prejudicados pelas atitudes de outrem.

Somente aquele que é humilde de espírito (se submete à Deus), que chora pelos seus pecados e que se dobra à vontade do Senhor, será capaz de ter fome e sede de justiça. Segundo William Hendriksen, em seu comentário sobre Mateus, ter fome e sede de justiça nesta bem-aventurança está relacionada à perfeita conformidade com a Palavra de Deus, ou seja, com a vontade do Eterno.

O cristão que tem fome e sede de justiça tem fome e sede das Escrituras, se deleita nos ensinos de Jesus, e procura praticá-los diariamente.

Em primeiro lugar, Hendricksen chama esta justiça de imputação. Em Gn 15.6, lemos que Abraão creu em Deus e isso lhe foi imputado por justiça. Não somos salvos por obras, mas para praticar as boas obras (Ef 2.8-10). Nenhuma obra nossa é capaz de trazer justiça diante de Deus. Nenhuma soma de sacrifícios é capaz de excluir a culpa humana. Foi através de Jesus, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, que fomos justificados perante Deus (Lc 22.19-20; Jo 10.11,28; At 20.28; Rm 5.1; I Co 11.24-25;  Ef 1.7.14; Cl 1.14; Hb 9.12).

Em segundo lugar, Herndriksen chama esta justiça de comunicação. Se a imputação é um estado legal (linguagem jurídica), a comunicação é uma condução ética. Ela está relacionada à maneira como vivemos. Embora seja impossível ser salvos por obras, Deus pede que pratiquemos boas obras para que através delas glorifiquemos ao Pai que está nos céus (Mt 5.16).

Guardemos esta frase: “A sua vida pode ser a única Bíblia que seu amigo lê.” Que Deus nos ajude a sermos não apenas ouvintes da Palavra, mas praticantes (Tg 1.22).