Enfrentando a Calúnia e a Difamação

Publicado em: 26 de junho de 2021

Categorias: Destaques, Devocionais

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O Salmo 120 faz parte dos chamados cânticos de romagens. Alguns chamam também de cânticos das subidas, cânticos das escadas. Na Bíblia há 15 cânticos de romagens, sendo 4 de Davi, um de Salomão, e os demais não sabemos a autoria. Os salmos de romagens eram usados pelos peregrinos que se encaminhavam para Jerusalém, nas três visitas anuais que requeriam a presença de todos tanto na festa da Páscoa, como Pentecoste e dos Tabernáculos. Esta é a interpretação mais aceita.

O salmo 120, o primeiro dos cânticos de romagens, é um cântico de lamento. O salmista enfrentava a calúnia e a difamação (120.2). Existe a possibilidade desta campanha de calúnia e difamação partir dos opositores à construção dos muros de Jerusalém (Ne 2.10;4.1-4). Sabemos que a calúnia dói. Ela é uma artimanha do inimigo. A própria palavra “diabo” vem do grego “diabolos” que significa “aquele que desune”; “que inspira ódio ou inveja”; “caluniador”. Dependendo da calúnia que enfrentarmos, dificilmente reencontraremos a paz.

Vide o famoso caso da “Escola Base” ocorrido em 1994, onde seus proprietários foram acusados injustamente de abuso infantil. Diante da angústia da calúnia, o salmista busca o socorro do Senhor. Ele tinha a certeza de que Deus seria seu defensor e juiz (120.1-2). A epístola de Tiago nos alerta a tomarmos cuidado com a língua. Ela é comparada a uma fonte que jorra água doce ou amarga. A língua é carregada de veneno mortífero. Ela é como uma fagulha que provoca um grande incêndio.

No salmo 120 a língua é comparada a setas agudas e o fogo (brasas vivas do zimbro). Devemos evitar a maledicência, devemos evitar a companhia de mexeriqueiros ( Lv 19.16). O próprio salmista lamenta viver entre pessoas que eram mexeriqueiras, caluniadoras (120.5). Os habitantes de Meseque e Quedar eram caluniadores. Aqui o salmista usa de forma figurada estes povos para mostrar que em Israel havia pessoas que tinham o mesmo comportamento dos habitantes de Meseque e Quedar.

Mesmo diante da calúnia o salmista procura a paz. Ele não paga o mal com o mal. Ele crê que a vingança não valeria a pena. Seu maior desejo era ser um agente da paz (120.7). É claro que haverá pessoas que não desejarão viver em paz, mas é importante é que façamos nossa parte e tenhamos a consciência limpa de que tentamos (Rm 12.18). Sigamos a recomendação do apóstolo Paulo: “Quando caluniados, procuramos conciliação” (I Co 4.13).