A mente deste povo está fechada; eles taparam os seus ouvidos e fecharam os olhos.
Atos 28.27
Diz o Gênesis que “Deus fez duas grandes luzes: a maior para governar o dia e a menor para governar a noite. Deus pôs essas luzes no céu para iluminarem a terra, para governarem o dia e a noite e para separarem a luz da escuridão” (Gn 1.16-17). Porém, Deus nunca está preocupado apenas com a luz física. Em certo sentido, a outra luz é mais necessária do que a primeira. Ela separa nitidamente o brilho celeste do brilho terreno, a salvação da perdição, a vida da morte, a fé da incredulidade, a virtude do vício, a certeza do corar de vergonha, a estabilidade do eterno correr atrás do vento.
O maior problema é que a grande maioria fecha os olhos para não ver e fecha os ouvidos para não ouvir (Is 33.15). É esse versículo do Antigo Testamento que Paulo cita no seu último discurso, registrado no segundo volume da história da igreja escrito por Lucas (28.23-28). Alguns desses rebeldes tapam literalmente os ouvidos para não ouvir, como aconteceu com os apedrejadores de Estêvão (7.57). A maior parte não precisa fazer isto, porque já está voluntária e completamente surda. Tornou-se igual às imagens: “Têm olhos, mas não veem; têm ouvidos, mas não ouvem” (Sl 115.5-6).
Paulo foi separado, chamado, convertido, capacitado e ungido para abrir os olhos de judeus e não judeus, a fim de que eles “saiam da escuridão e venham para a luz e do poder de Satanás para Deus” (26.18). Graças à sua paixão por Jesus e pelas almas, graças ao seu trabalho e às suas lágrimas, graças às suas viagens e cartas — os olhos de muitos foram abertos.
Para número muito maior de pessoas o céu continuou coberto. Por pouco ou por muito não se fizeram cristãos!
Texto de Elben Cezar, extraído do portal Ultimato