Abençoando e Intercedendo

Publicado em: 11 de dezembro de 2021

Categorias: Destaques, Devocionais

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Leitura Recomendada: Salmo 134.1-3

O último salmo de romagem, o 134, é o mais curto dos chamados cânticos de romagem. Mesmo sendo o mais curto, ele é muito profundo. Os salmos de romagem eram entoados durante as viagens dos peregrinos durante a subida às três principais festas de Jerusalém: Páscoa, Tabernáculo e Pentecostes. Os salmos de romagem tratam de várias experiências pessoais. Experiências como ansiedade, preocupação, medo, amor a Deus, confiança, entre outras, são registradas nos salmos de romagem. Os salmos de romagem começam em Quedar (120) e terminam em Sião (134).

O salmo 121 trata da partida das caravanas dos peregrinos, o 122 trata da chegada dos peregrinos e o 134, trata do retorno dos peregrinos até seus lares. Não sabemos a autoria do salmo 134, mas nele vemos dois apelos. O primeiro, um apelo à adoração (vv.1-2). Observe que o salmo retrata a noite e os romeiros desejavam fazer a última visita ao templo. Para os judeus, o dia terminava às 18h e começava o outro dia às 18h01min. Havia pessoas que ficavam direto no templo adorando a Deus. Como exemplo, temos a profetisa Ana, viúva de 84 anos, que adorava a Deus com orações e jejuns (Lc 2.37).

No salmo 134, os sacerdotes e levitas são chamados de servos do Senhor. Segundo o rev. Augustus Nicodemus, num estudo sobre este texto, o salmo 134 começa com a interjeição “Ó” no original hebraico. O v.1 ficaria assim: “Ó servos do Senhor, bendizei ao Senhor.” Ou seja, os peregrinos chamam a atenção dos sacerdotes e levitas para que se dedicassem com empenho ao serviço do Senhor. Os sacerdotes e levitas tinham muito trabalho. Pela manhã, tarde e noite sacrifícios eram oferecidos a Deus, e os sacerdotes oravam pelo povo e o instruíam na Palavra de Deus.

O ato de erguer as mãos para o santuário (em direção à arca da aliança que simbolizava a presença de Deus) denota dependência de Deus. Outro apelo no texto é à intercessão (v.3). Os peregrinos querem partir, mas não antes sem receber as bênçãos de Deus. Por isso, fazem a última visita ao templo e pedem que os sacerdotes orem por eles (cf. Nm 6.22-27). Algumas lições preciosas do texto.

Em primeiro lugar, servimos a um Deus que não dorme (v.1). Era comum os peregrinos ouvirem os corais celebrarem a Deus no templo durante a noite. Ao contrário dos templos pagãos que ficavam em silêncio à noite, porque os deuses tinham que descansar, o nosso Deus não descansa. A Palavra de Deus afirma que Ele não dormita (Salmo 121.3-4) e enquanto descansamos, Ele trabalha (Salmo 127.3).

Em segundo lugar, por intermédio de Cristo, temos livre acesso a Deus. Se no V.T. as pessoas dependiam das bênçãos do sacerdote no templo, hoje nos achegamos a Deus em casa, na escola, nas praças, no quarto, em qualquer lugar, por intermédio de Cristo. Jesus é o sumo sacerdote que se compadece de nós. Ele cumpriu fielmente a lei (Mt 5.17). O templo, os sacerdotes, os sacrifícios, apontam para Cristo.

Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ele é o sumo sacerdote que se compadece de nossas fraquezas, por isso, podemos nos achegar a Ele confiadamente junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna. (Hebreus 4.15-16).

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