Salmo 24.1
A palavra “mordomo” significa literalmente “ecônomo”. O ecônomo é aquele que é incumbido de dirigir ou administrar uma casa. A palavra “mordomo” vem do latim “majordomus” e significa “o principal criado da casa” (major = maior = mor+domus = casa). No grego, a palavra equivalente é “oikonómos”, com o mesmo significado (oikos = casa + nómos = governo). A figura do mordomo é comum em filmes, desenhos e novelas. Alguns mordomos famosos são Edgar do desenho “Aristogatas” (1970) de Walt Disney e Alfred do seriado “Batman e Robin” (1960). O mordomo é a pessoa a quem é entregue tudo quanto o patrão possui para ser cuidado e desenvolvido. Na Bíblia temos dois exemplos de mordomos que se destacam: Eliezer, servo de Abraão (Gênesis 24.2) e José, servo de Potifar (Gênesis 39.4 e 6).
A Bíblia ensina, por preceitos e exemplos, que somos mordomos de Deus (I Pedro 4.10). A doutrina da mordomia cristã é um privilégio e também uma grande responsabilidade, afinal, Deus nos confiou a administração de bens e poderes que pertencem a Ele.
Segundo Walter Kaschel a Bíblia apresenta dois aspectos importantes sobre a mordomia cristã:
- O Universo pertence a Deus – (Gênesis 1.1; 14.22; Deuteronômio 10.14; I Crônicas 29.13-16; Salmo 24.1; 50.10-12. 89.11; Jeremias 27.5).
- O homem pertence a Deus
- Por direito de criação (Gênesis 1.27; 2.7; Isaías 42.5; 43.1-7; Ezequiel 18.4).
- Por direito de preservação (Atos 14.15-17; 17.22-28; Colossences 1.17; I Pedro 1.5).
- Por direito de redenção (Êxodo 19.5; I Coríntios 6.19-20; Tito 2.14; Apocalipse 5.9).
Lembremo-nos que estamos neste mundo de passagem (Hebreus 13.14). É dever de todo o cristão cuidar como responsabilidade das coisas de Deus. Os filhos não são nossos, mas de Deus. Os bens não são nossos, mas de Deus. A natureza não é nossa, mas de Deus. A vida não é nossa, mas de Deus. Este mundo não é nosso, mas de Deus.
No próximo boletim, abordaremos a importância da mordomia na vida cristã.