Filadélfia, Amada por Deus

Publicado em: 3 de setembro de 2023

Categorias: Destaques, Estudos de Quinta Feira

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Leia: Apocalipse 3.7-13

Deus é o Deus de Promessas. E quando promete,  cumpre, porque não é homem para que minta (Nm 23.19). Há cerca de 7.500 promessas na Palavra de Deus. Promessas específicas (dadas a personagens específicos da Bíblia, como por exemplo: Elias, Noé e Moisés) e promessas universais (dadas a todos os crentes em todas as épocas). Dentre as várias promessas dadas aos cristãos há promessas de conforto e também promessas de aflições (Jo 16.33). A igreja de Filadélfia foi uma igreja fiel a Deus, que passou por muitas provações.

O nome da cidade foi uma homenagem de Átalo II (também fundador da cidade de Pérgamo) ao irmão Eumenes.  Filadélfia quer dizer “amor fraternal”. Por mais que os homens se levantem contra o evangelho de  Cristo e o próprio Cristo, nada pode impedir o avanço do evangelho, pois Deus faz aquilo que lhe apraz. O homem tem um propósito e Deus pode ter outro (Pv 16.1; Is 55.8; Tg 4.13-15).  Era desejo de Átalo II que a cidade de Filadélfia fosse uma porta para a divulgação da cultura e do idioma grego dentro da Ásia, já Deus desejava que a cidade fosse uma porta aberta para o evangelho (Ap 3.8). Porém, a promoção do evangelho não é tarefa fácil.

Os crentes de Filadelfia enfrentaram severas perseguições dos judeus chamados de “sinagoga de satanás” (Ap 3.9). Os judeus acusavam os cristãos de não serem salvos por não serem descendentes de Abraão, o que contraria frontalmente a Palavra de Deus (Gl 3.22; 4.28). A promessa de Deus aos cristãos de Filadelfia é que seriam guardados na hora da provação (Ap 3.10). Segundo Russel P. Sheed, “hora da provação” é uma referência às dores, sofrimentos e perseguições que cairiam não somente sobre os crentes de Filadelfia, mas também sobre todo o povo de Deus antes da segunda vinda de Cristo (cf. Dn 12.1-2; Mc 13.14; II Ts 2.1-12).

Temos duas certezas bíblicas. A primeira é de que Deus envia o juízo contra os ímpios para o chamado ao arrependimento (Ap 9.20-21; 16.9-11). A segunda é de que o SENHOR está guardando o Seu povo mostrando que nenhum eleito se perderá (Jo 6.39; 10.27-28; Ap 9.4; Is 43.2). Ter o nome gravado significa ter a honra de pertencer a aliança de Deus. A promessa ao vencedor é que este seria coluna do santuário de Deus (Ap 3.12). A passagem indica que mesmo rejeitado pelos judeus, o cristãos terão um lugar eterno na presença de Deus (Ap 14.1; 22.4). Continuemos firmes no propósito de sermos fieis a Deus.

Também há a promessa de livramento do dia da tribulação (v.10). Este dia está relacionado aos últimos dias. Este período será marcado por intensa perseguição, apostasia e surgimento do anticristo. Os cristãos de Filadélfia já estão no céu morando com o SENHOR. Porém, muitos cristãos ainda serão mortos por causa de sua fé e outros enfrentarão o anticristo. Ap 11.7-13 mostra um retrato vívido deste confronto. Os dois profetas (Moisés e Elias) não são literais. Eles simbolizam os cristãos espalhados pelo mundo que anunciam a Palavra de Deus. Diz o texto que a Palavra de Deus será proclamada (v.7); o anticristo (a besta) se levantará contra os cristãos e os matará, jogando-os nas praças e não permitindo que eles sejam enterrados (vv.7-9). Os seguidores do anticristo farão festa e trocarão presentes por pensarem que os seguidores de Cristo estavam derrotados (v.10). Diante deste quadro caótico Jesus voltará. Diz Ap 11.12 que há o arrebatamento e que os seguidores do anticristo contemplam com medo a vinda de Cristo e subida dos cristãos aos céus e se prostram perante Jesus, não porque O temem, mas porque sabem que chegou o fim e não haverá mais oportunidade de arrependimento.

Por último vemos duas promessas. A primeira: ser coluna do santuário (Ap 3.12). A cidade de Filadélfia era chamada de cidade dos terremotos. Os moradores tinham medo e preferiam habitar em tendas. Jesus promete aos cristãos de Filadélfia que eles seriam coluna no céu e nada poderia destruí-los. A segunda: gravar o nome de Deus (Ap 3.12).  Filadélfia quase foi devastada por um terremoto no ano 90 d.C. O império romano ajudou na reconstrução e em gratidão ao imperador os moradores de Filadélfia mudou o nome para Neocesareia – “a nova cidade de César”. Depois o nome foi mudado para “Flávia” em homenagem ao imperador Flávio (“da cor do ouro”).

“Gravar o nome do meu Deus” significa que os cristãos de Filadélfia pertencem não ao imperador romano, mas a Cristo. São de propriedade exclusiva de Deus.

Que coisa maravilhosa poder afirmar que também eu e você somos propriedade exclusiva de Deus!

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