Deus prometeu a Abraão que ele seria pai de numerosa descendência (Gn 17.2), mas Sara, sua esposa, era estéril e ambos já eram velhos. Sara, inclusive, já estava na menopausa (Gn 18.11). Mas tudo isso ocorre para demonstrar o poder de Deus e que nada é impossível para Ele. E, com cem anos de idade, Abraão tem um filho ao qual põe o nome de Isaque, o filho da promessa.
Isaque se casa com Raquel e, assim como a sua mãe, Raquel também era estéril. E, esta geração, também aprende que a descendência da promessa é uma graça de Deus. Isaque ora a Deus por sua mulher e Deus ouve sua oração e Raquel fica grávida de gêmeos.
Estes gêmeos que Raquel carregava no ventre, antes mesmo de nascerem, já demonstravam sua disputa ali no ventre materno (Gn 25.22). Esaú nasce primeiro, portanto, é o primogênito. Jacó é o filho mais novo. O filho primogênito era aquele que seria o herdeiro principal da fortuna da família e no caso da família da promessa, tinha direito a bênção abraâmica de descendência e terra (Gn 12.2-3,7), porém, mais uma vez Deus mostra sua soberania escolhendo Jacó em detrimento a Esaú (Gn 25.23). A escolha de Jacó não era decorrente a direitos naturais, qualidades ou obras que ele fez ou poderia fazer. A sua escolha é um ato eletivo de Deus. Deus agiu de misericórdia com Jacó e o escolheu, não porque merecesse, mas porque assim Deus desejou.
E de fato observa-se mais a frente que o mais velho serviu ao mais novo pois os edomitas, descendentes de Esaú, foram muitas vezes subjugados pela descendência de Jacó. É de Jacó que a promessa feita por Deus ao seu avô Abraão da seguimento. É, também, pela descendência de Jacó que temos o cumprimento da promessa de Deus de nos enviar um salvador, nosso Senhor Jesus Cristo.
Deus não escolhe o melhor, o mais preparado ou aquele que naturalmente tem o direito. Deus capacita aquele que ele escolhe e este torna-se a melhor opção que jamais houvera.