Deus por meio de seu infinito poder decidiu criar não apenas um mundo físico e visível, mas também um invisível e espiritual. Os anjos são uma criação de Deus e fazem parte do mundo espiritual e a Bíblia afirma que eles são seres inteligentes (Mt 24:36); que amam e se alegram (Lc 15:10); não se casam (Mt 22:30); são seres espirituais (Mt 8:16) e que alguns são santos, bons e eleitos (Lc 9:26), enquanto outros são maus (Jo 8:44).
É importante destacar que nem todos os anjos são iguais, eles possuem castas (ou ordens) diferentes, vejamos:
Querubins: São uma classe de anjos que revelam o poder, majestade e glória de Deus. Eles também são responsáveis por guardar a santidade divina no jardim do Éden, no tabernáculo, no Templo e na sua descida à terra. (Sl 80.1).
Serafins: São como servos ao redor do trono do Rei celestial. Os querubins são poderosos, os serafins são nobres (Is 6.2). Os primeiros (querubins) guardam a santidade de Deus e estes servem ao propósito de reconciliar os homens e Deus.
Arcanjo: ocupa lugar único entre os anjos. É um guerreiro valente e combate as batalhas de Deus. A Bíblia relata apenas um arcanjo: Miguel.
Os anjos possuem nome e por vezes escutamos muitas pessoas falarem de vários nomes angelicais (Rafael, Samuel, Daniel, Ariel etc.) porém a Bíblia relata o nome de apenas três anjos. Lúcifer (Is 14.12) o anjo caído, Gabriel (Dn 8:16; 9:21 e Lc 1:19,26) que tem por tarefa transmitir as revelações divinas aos homens e interpretá-las e Miguel (Dn 10:13,21; Jd 9 e Ap 12:7) que ocupa lugar único entre os anjos, guerreiro valente de Deus. Qualquer outro nome tem origem em livros apócrifos e tradições de outras denominações, principalmente a Católica.
Os anjos, por vezes, também são denominados como Principados, poderes, tronos e domínios: (Ef 1:21; 3:10, Cl 1:16; 2:10; 1Pe 3:22). Estes termos também servem para designar os anjos, porém a Bíblia não apresenta suas diferenças, mas deixa claro que há diferenças de categoria e dignidade entre eles.
Eles possuem serviços específicos: Louvam a Deus (Is 6:3); são enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação (Hb 1:14); guardam os crentes (Sl 34.7); protegem os pequeninos (Mt 18:18); estão na igreja (1Co 11:10); conduzem os crentes ao seio de Abraão (Lc 16:22); são mediadores das revelações especiais de Deus (Dn 9:21-23); comunicam bênçãos ao povo de Deus (Sl 91:11-12) e executam julgamentos sobre os inimigos (Gn 19:1,13).
Por fim vemos que além dos anjos bons, há também os anjos maus que foram criados bons, mas não mantiveram sua posição original (2Pe 2:4). Satanás (Lúcifer) é o cabeça dos que caíram (Mt 25:41), ele é o originador do pecado (Gn 3:1) e com ele estima-se que 1/3 dos anjos também caíram (Ap 12.3-4)