O Brasil é um país jovem. Foi descoberto em 1500, há 522 anos, tornando-se Colônia de Portugal. Em 1808, com a chegada da família real, o Brasil tornou-se Império. Em 1822 foi proclamada a independência do Brasil. Em 1889 foi proclamada a República. Em 1988 foi promulgada a nova Constituição. Nesta semana no dia, 7 de setembro de 2022, completamos duzentos anos da Proclamação da Independência do Brasil. Essa é uma data emblemática que merece ser celebrada e celebrada com espírito patriótico. A nação veste verde e amarelo e vai às ruas para desfraldar o pavilhão nacional, símbolo augusto de nossa pátria. O grito de D. Pedro I, cruza os séculos para ressoar novamente nos ouvidos da nação. Não há meio termos. É independência ou morte! Essa solene celebração enseja-nos algumas lições:
Em primeiro lugar, a liberdade é um bem inegociável. A liberdade sempre foi ameaçada pelo despotismo. Nunca faltaram os inimigos da liberdade. Sempre se empenharam em sequestrar esse sacrossanto direito do cidadão. Ideologias engendradas no laboratório do materialismo ateu, encabrestam as consciências, acorrentando nações inteiras, arrastando-as para o ateísmo e para a tirania. Os tiranos disfarçados de benfeitores, enfeitaram suas ideias perversas, prometendo igualdade social, mas nivelaram a todos na miséria. Prometeram justiça e praticaram as mais gritantes atrocidades. Prometeram o paraíso de um Estado paternalista e espalharam o terror. Prometeram vida e acionaram o braço da morte para milhões de vítimas. A liberdade precisa ser vigiada. Não podemos baixar a guarda. Vestida com novas roupagens, as mesmas ideologias do totalitarismo despótico, rondam a nação brasileira para subjugá-la. Em face dessa ameaça não mais velada, devemos erguer nosso grito: Independência ou morte!
Em segundo lugar, a liberdade engrandece a nação. Nenhuma nação é grande sem liberdade. Liberdade de consciência, liberdade de expressão, liberdade de imprensa, liberdade de posse, liberdade de religião. O Estado não deve colocar um cabresto em seus cidadãos. Uma nação subjugada pelo medo não é verdadeiramente livre. Uma nação onde o Estado interfere na educação moral dos filhos, substituindo a docência dos pais por escolas aparelhadas para domesticar a consciência das crianças e induzi-las a abraçar precocemente uma ideologia ruinosa a respeito de gênero, família e religião, ruma célere para a bancarrota moral e para o desbarrancamento da virtude.
Em terceiro lugar, a liberdade respeita as diferenças. A liberdade é o direito inalienável que cada cidadão tem de fazer suas escolhas e de arcar com suas consequências. Cabe ao Estado a responsabilidade de resguardar a individualidade indevassável de cada cidadão em suas escolhas intransferíveis. Essas escolhas precisam, obviamente, estar amparadas pela Constituição. Não se pode confundir liberdade com desordem nem com libertinagem. Não se pode defender uma liberdade desordeira. Devemos tratar a todos com respeito e dignidade. Devemos respeitar as escolhas de cada um, mesmo que discordando dessas escolhas, com amor abnegado.
Em quarto lugar, a liberdade pavimenta o caminho da ordem e do progresso. Onde a opressão levanta sua fronte altiva e aciona sua mão de ferro para esmagar o povo, a ordem bate em retirada e o progresso entra em colapso. Onde o comunismo ateu prevaleceu e as ideologias totalitárias dominaram, o resultado foi pobreza, opressão, perseguição religiosa e morte. Onde os cidadãos não têm liberdade de ir e vir, de expressar seu pensamento e sua fé; onde homens e mulheres não são livres para trabalhar e desfrutar dos frutos de sua renda, reina a escravidão e não a liberdade. O papel do Estado é promover o bem e coibir o mal. O papel dos governantes é servir ao povo como diácono de Deus e servidor público, em vez de encastelarem-se no poder, vivendo na opulência à custa da miséria dos súditos.
No ensejo do bicentenário da Proclamação da Independência do Brasil, é oportuno erguermos nossa voz e clamarmos com voz altissonante, o grito do Ipiranga: “Independência ou morte!”.
Via Hernandes Dias Lopes