Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!

Publicado em: 30 de setembro de 2023

Categorias: Destaques, Devocionais

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“Meditarei nos teus preceitos e darei atenção às tuas veredas.”

Salmos 119.15

Há pessoas que não leem a Bíblia e há pessoas que a leem mal. Não há muita diferença entre um grupo e outro. O alvo a ser perseguido até ser alcançado é aprender a ler a Bíblia com proveito. E o real proveito não costuma vir apenas com a mera leitura. Junto com a leitura ou logo após a leitura tem de haver espaço para a meditação. Enquanto a leitura significa tomar conhecimento do texto escrito, a meditação significa examinar, refletir, ficar por dentro (e não na superfície) do texto lido.

O salmista valoriza muito a meditação da Palavra de Deus. Até parece uma ideia fixa. Só no Salmo 119 o verbo “meditar” aparece sete vezes: quatro vezes no futuro (v. 15, 23, 27, 78) e três vezes no presente (v. 48, 97, 99). A certa altura, o poeta assume o compromisso: “Meditarei nos teus preceitos e darei atenção às tuas veredas” (Sl 119.15). Mais adiante, relata: “Como eu amo a tua lei! Medito nela o dia inteiro” (Sl 119.97). O que acontece quando meditamos na Palavra de Deus? Acontece o mesmo que acontecia com o salmista: “Meu coração ardia-me no peito e, enquanto eu meditava, o fogo aumentava” (Sl 39.3).

Parece que a arte de meditar fazia parte da cultura dos heróis bíblicos. Na biografia de Isaque há este curioso registro: “Certa tarde, [Isaque] saiu ao campo para meditar” (Gn 24.63). A reação de Maria depois que ela ouviu o relato dos pastores de Belém é muito significativa: “Maria guardava todas essas coisas e sobre elas refletia em seu coração” (Lc 2.19).

Retirado de Um Ano com os Salmos [Elben César]. Editora Ultimato.