Leitura recomendada: Salmo 46.1-11
O salmo 46 é um dos cânticos de Sião. Nos vv.2-3, os filhos de Corá usam imagens de calamidades naturais, comuns à época, para demonstrar a confiança em Deus em meio ao caos. Em contraste com as calamidades retratadas nos vv.2-3, o v.4 retrata um rio, cujas as correntes alegram a cidade de Deus, ou seja, alegram Jerusalém.
É claro que em Jerusalém não havia rio, o que havia era um duto que levava água dos mananciais de Giom, no vale de Cedrom, até o tanque de Siloé (II Reis 20.20). “Rio”, no texto, é uma figura para a presença tranquilizadora de Deus em meio às guerras, conflitos e caos. É a ideia de um Deus que nos fortalece e nos acalma (v.5). Quando o servo de Eliseu temeu a presença do poderoso exército sírio, a preocupação de Eliseu não foi com o exército sírio, mas em demostrar que Deus estava entre eles, fortalecendo, cuidando e protegendo (II Reis 6.15-17).
A palavra de Eliseu ao seu servo foi: “Não temas, pois, mais são os que estão conosco, do que os que estão com eles” (II Reis 6.16). O servo de Eliseu teve os seus olhos espirituais abertos e viu ao redor da casa onde estavam carros e cavalos de fogo que os protegiam (II Reis 6.17). Vivemos tempos difíceis, a pandemia tem sido um grande desafio, mas é bom saber que a presença do ETERNO nos fortalece e nos ajuda a cada dia. É bom saber que Ele está no meio de nós e habita no coração daqueles que o temem confiam Nele.
Por isso, podemos dizer que ainda que as coisas não estejam indo bem, ainda que as coisas não estejam com eu esperava, Deus é o meu refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações (Sl 46.1).
