A Palavra Viva

Publicado em: 24 de dezembro de 2023

Categorias: Destaques, Devocionais

Visualizações: 127

Tags: , , , , , , ,

É com grande alegria que as Sagradas Escrituras relatam o nascimento de Jesus nos evangelhos de Mateus e Lucas. Mas o apóstolo João, no capítulo 1, versos 1 a 18, optou por dar uma ênfase diferente dos demais evangelistas, a respeito do nascimento de Cristo. João fala do Verbo que governa a história, e que, na plenitude dos tempos, veio ao mundo. Vejamos algumas verdades que João nos traz, a partir do seu ponto de vista da vinda do Salvador ao mundo:

A pessoa de Cristo na Trindade, desde o início do Mundo (Verso 1) – No princípio de todas as coisas, antes mesmo da criação, existia a Palavra eterna de Deus. Não apenas uma mensagem ou expressão, mas uma pessoa divina, o próprio Filho de Deus. Este versículo não apenas afirma a preexistência de Cristo, mas também sua divindade. Ele não era apenas com Deus, mas era Deus. Que mistério sublime e insondável!

A ação de Cristo na Criação (Verso 3) – João relembra o mando criador, o verbo que conduz a ação da criação, que coloca ordem no caos de uma terra vazia (Gn 1). Cristo não apenas existia antes da criação, mas também foi o agente da criação. Todas as coisas foram feitas por meio dele. Nada foi criado sem sua intervenção. Ele é o Senhor soberano sobre toda a criação, e tudo subsiste por sua vontade e poder.

Cristo, Deus encarnado (Verso 14) – Aqui chegamos ao coração da mensagem: o Verbo eterno, a Palavra de Deus, tornou-se carne. A divindade se uniu à humanidade na pessoa de Jesus Cristo. Ele não apenas veio a este mundo, mas habitou entre nós. Ele experimentou nossa condição, conheceu nossas fraquezas e compartilhou de nossas dores. Que mistério insondável! E o mais notável é que sua encarnação foi cheia de graça e verdade. Ele é a expressão máxima da misericórdia e fidelidade de Deus.

A lei e a Graça (Verso 17) – Moisés deu a lei, que revela a santidade de Deus e nossa imperfeição e pecados. Mas em Jesus Cristo, vemos a plenitude da graça e da verdade. Ele não veio para condenar, mas para salvar. Ele é a resposta de Deus à nossa necessidade por salvação. A graça que nos justifica e a verdade que nos liberta são encontradas nele.

A Revelação de Deus (Verso 18) – Nenhum ser humano viu a Deus diretamente, mas o Filho unigênito, que está no seio do Pai, veio para nos revelar o Pai. Em Cristo, temos a plena revelação da natureza divina. Ele é a imagem exata do Pai, a manifestação visível da glória invisível.

Que possamos, diante dessas verdades profundas, render nossos corações em adoração ao Deus Triúno, que nos amou a ponto de enviar seu Filho unigênito para ser a luz em nossa escuridão. Que possamos viver em gratidão pela graça e verdade que encontramos em Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.