Dos céus observou [o Senhor] a terra, para ouvir os gemidos dos prisioneiros e libertar os condenados à morte.
Salmos 102.19-20
Os crentes devem se lembrar “dos que estão na prisão, como se aprisionados com eles” (Hb 13.3). O exemplo vem de cima, do próprio Deus: “Do seu santuário nas alturas o Senhor olhou; dos céus observou a terra, para ouvir os gemidos dos prisioneiros e libertar os condenados à morte” (Sl 102.19-20). Em vez de enxergar os justos e ouvir os seus gemidos, o Senhor enxerga os que estão atrás das grades e ouve os seus gemidos.
Em vez de enxergar os santos, o Senhor enxerga os que estão no corredor da morte e os liberta antes da descarga elétrica, antes de se abrir o alçapão da forca, antes de se desprender a guilhotina. É assim porque “não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes” (Lc 5.31).
Afinal, quem são os condenados à morte que Deus pretende libertar? Os adúlteros e as adúlteras (Lv 20.10)? Os que blasfemam o nome do Senhor (Lv 24.16)? Os que matam o seu próximo (Lv 24.21)? Os Barrabás que estão por aí?
A rigor, os condenados à morte somos todos nós, porque “todos pecaram” (Rm 3.23), porque “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23) e porque “o pecado, após ter se consumado, gera a morte” (Tg 1.15).
Se essa notícia é assustadora – e de fato é –, a boa notícia do salmista ameniza a mánotícia. O Senhor quer libertar “os condenados à morte”. Deus “tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Jesus liberta os condenados à morte da morte e lhes dávida eterna!
Retirado de Um Ano com os Salmos [Elben César]. Editora Ultimato.