A história do profeta Jonas nos encanta com seus detalhes e nuances. Muitos se preocupam apenas em querer provar que um homem pode ou não ser engolido por um grande peixe. Mas este não é um livro sobre peixes. É um livro sobre Deus e seu relacionamento com os seres humanos.
Tudo começa com a relação entre Deus, Jonas e os ninivitas, que eram um povo, culpado diante de Deus, por não terem COMPAIXÃO de outros seres humanos. Jonas era um homem temente a Deus, mas culpado por não ter COMPAIXÃO daqueles que não faziam parte de seu povo. Deus é o único que teria direito de não ter COMPAIXÃO, e o único que a demonstra da forma mais pura e per-feita. Deus se compadeceu de Jonas e, depois, da cidade de Nínive, mas qual fator trouxe a harmonia em tudo isso? Como pode um Justo Juiz ter compaixão de alguém e ainda assim permanecer justo?
A compaixão de Deus é justa e perfeita, e apesar de ser traduzida como arrependimento de Deus em muitas traduções Bíblicas, não pode ser comparada ao arrependimento humano. O homem se arrepende daquilo que percebe que é prejudicial a ele, e por isso, muda de atitude para ser beneficiado. Deus é imutável, seus planos não podem ser frustrados e seus decretos são eternos. Jonas percebeu a “tempestade” que criou ao tentar fugir da presença de Deus, e se ARREPENDEU de seu pecado terrível, por isso encontrou a compaixão do mesmo.
Os Ninivitas perceberam que pereceriam por causa dos seus delitos e pecados, e por isso se arrependeram e, também, encontraram a compaixão de Deus. Ele com sua graça irresistível, chama eficazmente a Jonas e o povo de Nínive a uma transformação pessoal e lhes dá uma nova chance. Deus se “arrepende” de seu juízo contra os humanos em questão, mas seus planos ainda não podem ser frustrados e seus decretos continuam eternos. Ele mesmo, através de Jesus Cristo recebe sobre si, toda ira que estava destinada a Jonas, a Nínive, a mim e a você.
Essa era a maneira de ter compaixão e ser justo. A compaixão só trouxe benefícios a nós. E nós ainda temos a coragem de, muitas vezes, negar compaixão ao próximo. Pense nisso!