O Salmo 46 é conhecido juntamente com outros salmos como o 48, 84, 87 e 122 como “cânticos de Sião”. Neles, os salmistas expressam a relação de Deus com o templo (Sua morada) e a cidade de Deus, no caso Jerusalém. O Salmo 46 encontrou seu eco no famoso cântico “Castelo Forte”, do monge agostiniano Martinho Lutero (1483-1546) que foi o grande estopim da reforma. Martinho Lutero, durante o período da reforma, sofreu severas perseguições de reis e príncipes alemães.
Foi lendo o Salmo 46 que Lutero encontrou forças e encorajamento para continuar o movimento reformado. Alguns pensam que o Salmo 46 celebra a vitória do rei Ezequias sobre o exército do rei da Assíria, Senaqueribe (II Reis 19.35-37). Outros defendem que este salmo celebre a vitória do rei Josafá contra os amonitas e moabitas (II Crônicas 20.1-22). Neste lindo salmo encontramos por três vezes a frase “Deus é o nosso refúgio” (46.1, 7 e 11).
As cidades antigas possuíam fortes muralhas. Quando os filhos de Corá, autores deste salmo, afirmam que “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações” (46.1), eles comparam o nosso Deus a uma fortaleza onde o soldado cansado ou ferido na batalha encontra descanso, refrigério e proteção. Talvez você que lê este texto se sinta cansado e temeroso com as incertezas que a pandemia tem trazido.
Talvez esteja cansado das batalhas diárias. Talvez esteja perdendo seu ânimo e vigor diante das lutas no casamento, na saúde, nas finanças, na família, no trabalho, etc. Se você está assim busque refúgio no SENHOR. Só Ele pode trazer renovo à alma cansada. Ele nunca nos abandona, Ele é socorro bem presente nas tribulações. Guarde este trecho do hino “Castelo Forte”: “Castelo forte é o nosso Deus, espada e bom escudo, com seu poder, defende os Seus, de todo o transe agudo”. Que Deus fortaleça você.