95 Anos da Missão Caiuá

Publicado em: 3 de setembro de 2023

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O evento de comemoração dos 95 anos de existência da Missão e 15 anos de organização da IIPB – Igreja Indígena Presbiteriana do Brasil, aconteceu na Sede da MEC, em Dourados, MS e reuniu mais de 700 pessoas, vindas de diferentes aldeias: da RID – Reserva Indígena de Dourados, Amambai, Sassoró, Taquapiry, Caarapó, Porto Lindo, Guassuty, Campestre como também caravanas de Dourados, Amambai, Campo Grande, Rio de Janeiro e São Paulo.

Também foi um momento de encerramento do ciclo dos missionários Rev. Beijamim Benedito Bernardes e sua esposa Margarida (missionários da APMT), após mais de 38 anos de serviço na direção da MEC – Missão Evangélica Caiuá, em Dourados, MS. O sucessor será o Rev. Simei Mariano. A liturgia do culto foi dirigida pelo presidente da MEC, Rev. Geraldo Silveira com a participação do Presidente da IIPG, o Presb. Ezaú Mamede Terena. O Rev. João Luiz Furtado ministrou a mensagem no culto da manhã e o atual Diretor Executivo da MEC, Rev. Simei Mariano de tarde.

Após o culto, da manhã, o casal foi homenageado pelos membros da Assembleia da Instituição, com uma placa de reconhecimento pelos serviços prestados. Foi também comunicada a decisão da Assembleia de que o novo prédio administrativo receberá o nome de Beijamim Benedito Bernardes, edifício este que será inaugurado em breve. O casal Bernardes, também, foi homenageado por Vera Villon e Jorge Villon, representando o “Trabalho da Missão Caiuá no Rio de Janeiro”. Uma família Kaiwá, homenageou em nome de várias gerações indígenas. A APMT foi representada pelo Miss. da APMT, Rev. Marcos Mota, quem na época do Covid 19 dedicou sua vida servindo como enfermeiro no Hospital Porta da Esperança. O Presb. Enoque Bernardes também recebeu uma placa de reconhecimento pelos serviços prestados, nos últimos 30 anos, como construtor de várias igrejas nas aldeias e construções na Sede.

O Coral infanto juvenil Mitã Rory da Escola da Missão em Amambai, apresentou vários hinos de louvor a Deus e uma canção composta pelo Presb. Jânio Sanches, inspirada na vida e ministério do casal homenageado. Uma das crianças entregou uma placa com a letra. No culto da tarde, todas as congregações presentes, tiveram participação entoando louvores do hinário “Japorahei joa”. Quatro jovens e duas crianças receberam o batismo, ministrado por pastores indígenas.

Antes do almoço, o Rev. Beijamim foi homenageado pelos indígenas com uma dança cultural e no final, foi levantado no meio da roda, ao brado de: “Honoyo”, o que em terena, quer dizer Vitória. Foi servido um delicioso e farto churrasco, acompanhado de arroz, puchero e salada, preparado por um grupo de missionários voluntários. A programação concluiu de tarde, com um vídeo do Hino da Missão Caiuá, de música e letra do Rev. Cornélio Castro, com a participação de um grupo coral de São Paulo e a Oração final e a Bênção impetrado pelo Rev. Beijamim.

SOBRE A MISSÃO CAIUÁ

A Missão Evangélica Caiuá é sustentada por recursos das Igrejas Presbiteriana do Brasil (IPB), Igreja Presbiteriana Independente (IPI) e Igreja Presbiteriana Indígena do Brasil (IIPB) e está localizada junto a Reserva Indígena de Dourados. Desde a chegada dos missionários pioneiros em 1928, a instituição promove em seus campos de trabalho, ações que visam trazer dignidade ao indígena e proteção da infância e juventude. Tudo isto somado a ações de preservação da cultura, linguística, organização social e politica de todas as etnias alcançadas pela Missão Caiuá. A missão atua junto aos grupos indígenas: Caiuás, Guaranis, Xavantes e Kadwéus localizados em diversos estados do Brasil e do Paraguai.

A Missão é fruto do sonho do Reverendo Albert Maxwell, pastor presbiteriano norte-americano que veio ao Brasil para investir na expansão do evangelho. Ao se instalar em solo brasileiro, o Rev. Maxwell dedicou atenção especial aos indígenas da região de Dourados/MS, da etnia Kaiowá. Deparou-se com a difícil situação daquele povo, onde as mulheres e crianças ficavam em casa enquanto os homens trabalhavam na indústria da erva mate o dia inteiro. A partir dai nossos pioneiros entenderam que nossa missão não era só cuidar da dimensão espiritual do índio Kaiowá, como também de seu corpo e mente.

Com informações da APMT e da Missão Evangélica Caiuá, adaptado por Alex Igor Santos

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