Quem é a pessoa Feliz?

Publicado em: 11 de julho de 2020

Categorias: Devocionais

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“A condenação é esta: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal detesta a luz e não se aproxima da luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.”

João 3.19-20

Disse Jesus, há quem ame mais as trevas do que a luz. É triste. Mais que isso, é uma infelicidade. Talvez quem ame as trevas usufrua mais do que o mundo oferece como prazer carnal, mesmo assim, não sabe o que é ser feliz. Por quê?

O que produz brilho mais intenso, uma peça de ouro ou uma lâmpada acesa? A maioria das lâmpadas brilha muito mais que um adereço de ouro. Dependendo da sua potência luminosa, uma lâmpada pode até ofuscar os olhos, enquanto o ouro, ainda que seja um metal que reluz, não faria isso.

Apesar de brilhar mais, as pessoas preferem o ouro a uma lâmpada. Claro, basicamente qualquer pessoa pode adquirir e possuir uma lâmpada, mas, o ouro, somente algumas. O ouro é mais raro, custa mais, é um metal precioso. Por seu alto valor, o ouro é uma excelente mercadoria de troca. Em poucos gramas deste metal se concentram muito poder, do tipo preferido pelo mundo, o econômico, e com ele, os vários acessos que o dinheiro proporciona. O ouro sempre foi e continua sendo um ótimo investimento financeiro e, claro, um apreciado ornamento.

Apesar disso, disse Jesus:

“ — Não acumulem tesouros sobre a terra, onde as traças e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam”

Mateus 6.19

Nada vamos levar deste mundo para a eternidade e, no além, nossa maior riqueza será estar na presença de Deus, luz eterna e infinita:

“Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o adorarão, contemplarão a sua face,  e na sua testa terão gravado o nome dele. Então já não haverá noite, e não precisarão de luz de lamparina, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão para todo o sempre”.

(Apocalipse 22.3b-5)

Entendemos, portanto, que espiritualmente falando, a luz é mais valiosa do que o ouro. Refiro-me à luz divina, aquela que é procedente de Deus e está presente em todas as obras que glorificam seu nome (Mt 5.16).

A luz de uma lâmpada é tão depreciada em relação ao valor do ouro, porém, a luz divina não pode receber o mesmo tratamento. Não se pode dar preferência aos tesouros da terra em detrimento aos tesouros celestiais, disse Jesus. Infelizmente é o que acontece na vida de número incontável de pessoas que mais valorizam o que é precioso na terra do que a preciosidade das coisas celestiais, como expressa o texto inicial de João: Há quem ame mais as trevas do que a luz.

Qual o interesse em alguém desprezar o valor eterno da luz e dar preferência às trevas? Jesus explica: Suas obras são más (Jo 3.19-20).

A luz tem um efeito incomparável: Ela revela a verdade, descortina o desconhecido, traz à tona o submerso e a descoberto o que está oculto. Quem tem o que esconder ou precisa ocultar algo, ou a si mesmo, sua vida e obras, não quer a luz, porque não quer a verdade. Mas ninguém é mais feliz do que aquele que tem prazer na verdade. Por isso o infortúnio dos ímpios.

Diferente disso é a condição do justo, discípulo de Cristo. Quanto a este, Jesus disse:

“Quem pratica a verdade se aproxima da luz, para que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus”.

João 3.21

Que contraste, que diferença. Não é sem razão que Jesus chama seus discípulos de sal e luz (Mt 5.14-16).

Quem é então a pessoa feliz? A que ama a verdade, logo, busca e quer a luz mais do que qualquer “coisa reluzente” que o mundo possa oferecer, isso porque entendeu o que Jesus quis dizer:

“Ajuntem tesouros no céu, onde as traças e a ferrugem não corroem, e onde ladrões não escavam, nem roubam. Porque, onde estiver o seu tesouro, aí estará também o seu coração”.

Mateus 6.20-21