A sua voz ressoa por toda a terra, e as suas palavras, até os confins do mundo.

Salmo 19.4

A expressão “confins do mundo” ou “confins da terra” é muito conhecida porque aparece na versão de Lucas da Grande Comissão: “[Vocês] serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra” (At 1.8). Mas poucos sabem que ela é citada várias vezes nos salmos (19.4; 22.27; 46.9; 48.10; 59.13; 61.2; 65.5; 72.8; 135.7).

“Confins da terra” quer dizer a terra toda, os hemisférios verticais (setentrional e meridional) e os hemisférios horizontais (ocidental e oriental). Inclui o ponto mais próximo e também o ponto mais longínquo. São todas as fronteiras de terra. Nesse espaço todo ressoa a voz do Senhor (Sl 19.4). Essa declaração do salmista é transcrita por Paulo em sua Epís­tola aos Romanos (10.18). Para o mesmo salmista, Deus é a “esperança de todos os confins da terra e dos mais distantes mares” (Sl 65.5).

Uma quantidade razoável de textos afirma que “todos os confins da terra se lembrarão e se voltarão para o Senhor, e todas as famílias das nações se prostrarão diante dele”. Entre essa multidão estão “todos os ricos da terra” e “todos os que descem ao pó” (Sl 22.27-29). O profeta Isaías garante que “o Senhor desnudará seu santo braço à vista de todas as nações [isto é, mostrará o seu santo poder], e todos os confins da terra verão a salvação de nosso Deus” (Is 52.10).

Esse evento é confirmado quando Paulo afirma que todo joelho se dobrará ao nome de Jesus nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confessará que ele é o Senhor (Fp 2.9-11).

Retirado de Refeições Diárias[Elben César]. Editora Ultimato.