A Predestinação

Publicado em: 22 de agosto de 2019

Categorias: Estudos de Quinta Feira

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Parte 2

Em suma, o homem pecou e a consequência é a morte, e Deus poderia executar a sua sentença naquele exato momento, era seu direito. Todavia, o amor que Deus tem por nós é tão grande que resolveu salvar alguns, mesmo não sendo merecedores. Ele não precisava salvar ninguém, ninguém merecia, mas Ele quis. Fez por amor a nós e isso torna a salvação mais que especial. Jesus demonstra este direito que Deus tem de salvar aqueles a quem convier na parábola dos trabalhadores (Mt 20.1-16).

Ainda sobre a eleição do homem, existem dois pontos de vistas a serem destacados.

SUPRALAPSARIANISMO E INFRALAPSARIANISMO

A diferença entre os dois está basicamente na sequência dos decretos divinos.

SUPRALAPSARIANISMO

  1. Deus decretou primeiramente glorificar-se na salvação de alguns homens e na condenação de outros, que nesse estágio existiam somente na Sua mente como possibilidade.
    1. Como meio de alcançar este fim, decretou criar os que já eram eleitos e os reprovados.
    1. Para consumação do plano elaborado até esse ponto, decretou ainda permitir que o homem caísse.
    1. Finalmente, decretou abrir o caminho da salvação para os eleitos e conduzi-los à glória eterna, deixando de lados os outros e consignando-os à destruição eterna por seu pecado.

INFRALAPSARIANISMO

  1. Primeiro Deus decretou criar o homem;
    1. Então decretou permitir a queda do homem;
    1. Em seguida, decretou eleger para a vida eterna certo número de caídos que mereciam condenação e deixar de lado outros, consignando-os à destruição eterna por seus pecados.
    1. Finalmente, decretou providenciar um caminho de salvação para os eleitos.

Nós, reformados, cremos no SUPRALAPSARIANISMO, ou seja, Deus predestinou, criou, permitiu a queda e produziu a redenção por meio de Cristo. Isso de modo algum significa que Deus pré-determinou que o homem cairia, havia o livre-arbítrio do homem em não pecar, a glória de Deus está no fato de já saber que o homem cairia antes mesmo de criá-lo e mesmo assim criá-lo, amá-lo e predestinar alguns para a salvação.

Deus jamais poderia ter criado a queda do homem, uma vez que a queda deriva do pecado e Deus a ninguém faz pecar (Tg 1.13).

Para concluir, devemos nos alegrar na Predestinação de Deus, pois nós, pelos nossos próprios meios seria impossível obter a salvação. (Mc 10.26-27) e Deus sabia disso, e pelo seu amor tão grande não poupou nem a seu filho unigênito para nos salvar (Jo 3.16).